quinta-feira, 26 de novembro de 2015

SOBRE OS PAPAS


     
                           TEMPO DE PONTIFICADO DE ALGUNS PAPAS
Pio IX ( João Maria Mastai Ferreti, italiano), bateu o recorde de pontificado. Diz-se que ele permaneceu na cátedra de São Pedro por trinta e um anos, sete meses e vinte e três dias. Foi eleito no ano de 1846.


Leão XIII( Joaquim Pecci), foi Papa por vinte e cinco anos e cinco meses. Foi eleito em 1878.
Pio VI ( João Ângelo Braschi, italiano). chefiou a Igreja Católica por  vinte e quatro anos, seis meses e quinze dias.
Adriano I ( romano), foi Papa por vinte e três anos.dez meses e dezoito dias. Foi eleito em 772.
Pio VII ( Barnabi Chiaramonti, italiano), foi Papa por vinte e três anos, cinco meses e  sete dias. Teria sido eleito em 1800.
Alexandre III ( italiano), foi eleito em 1159 e permaneceu na Igreja por vinte e um anos, onze meses e vinte e oito dias.
Urbano VIII ( Mateo Barberin, italiano), foi eleito em  1159, permanecendo como Papa por  vinte e um anos, um mês e vinte e quatro dias.

Leão I, permaneceu como Papa por vinte anos e dez meses e vinte e oito dias. Foi eleito em 440.

PAPAS QUE FICARAM MENOS TEMPO NO TRONO PAPAL

Gregório  XI ( 1267), foi o Papa que ficou menos tempo no trono de São Pedro. Esteve apenas algumas horas como  Sumo Pontífice.

Outros que pouco exerceram a função de Papas:
-Estêvão II  ( 752)...................................... Pontificou por três dias.
- Marcos       ( 336).....................................      "                por  oito dias.
-Urbano VI  ( 1590)...................................       "                por doze dias
-Celestino IV ( 1241)..................................       "               por dezessete dias
-Sisínio           ( 708)...................................        "               por vinte dias
-Zacarias        (741)....................................        "               por vinte e três dias
-Leão XI        ( 1605)..................................         "              por vinte e seis dias.
-Papa João Paulo  I (1978)........................         "              por trinta e três dias

PAPAS QUE ESTABELECERAM RECORDE DE VIDA LONGA

Papa Gregório IX viveu 96 anos, de  1145 a 1241. Foi eleito em 1227.
Papa Leão XIII viveu 93 anos,(1810 a 1903). Sentou-se na cadeira de São Pedro em 1878.
Pio IX viveu 86 anos( 1792 a 1878). Elegeram-no em 1846.
Gregório XIII viveu 82 anos ( 1502 a 1585), Foi eleito em 1572.
Pio VII viveu 83 anos( 1740 a 1823). Subiu ao trono papal em 1800.
Pio V viveu 82 anos ( 1717 a 1799). Elegeram-no Papa em 1775.
Pio XI viveu 81 anos * 1765 a 1938). Foi eleito em 1922.
Gregório XVI viveu 81 anos ( 1765 a 1846). Tornou-se Papa em 1831.

PAPAS QUE RENUNCIARAM

O primeiro foi o papa Clemente I (de 88 a 97 d.C.), que renunciou a favor de Evaristo, porque após ser detido e condenado ao exílio decidiu que os católicos não ficaram sem um guia espiritual.
Igualmente, o papa Ponciano (230 a 235 d.C.) deixou o cargo a favor do papa Antero ao ser enviado ao exílio, enquanto o papa Silvério (536 a 537 d.C.) foi obrigado a renunciar a favor do papa Vigílio.
Bem mais complicado foi o caso de Bento IX (de 10 março a 1º de maio de 1045), pois renunciou a favor de Silvestre III e depois retomou o cargo para passar a Gregório VI, que foi acusado de alcançar o cargo ilegalmente e também decidiu renunciar.


Papa Silvério (01 de junho de 536 a 11 de novembro de 537): mais uma renúncia forçada por razões políticas. Foi eleito papa pela força do rei Teodato que fez valer sua influência e superou o candidato favorito ao cargo, diácono Virgílio. Pouco depois da sua eleição, seu benfeitor, Rei Teodato, foi morto e Silvério ficou sem apoio político. Acabou renunciando devido a enorme pressão que sofrera pelos partidários do diácono Virgílio. Com a ajuda do Imperador Justiniano, Silvério teve seu processo revisto e conseguiu retornar ao poder. Pouco depois, Belizário forçou a deposição de Silvério que foi torturado e morto no dia 02 de dezembro de 537. Atualmente é considerado santo pela Igreja católica.

Bem mais complicado foi o caso de Bento IX (de 10 março a 1º de maio de 1045), pois renunciou a favor de Silvestre III e depois retomou o cargo para passar a Gregório VI, que foi acusado de alcançar o cargo ilegalmente e também decidiu renunciar.
O caso mais conhecido foi o do papa Celestino V, que entrou para a História como o pontífice da "grande rejeição", pois seu Pontificado durou de 29 de agosto a 13 de dezembro de 1294 e depois se recolheu para uma vida de eremita. Após sua renúncia foi eleito Bonifácio VIII.
O último papa que renunciou foi Gregório XII (1406 a 1415), que viveu o chamado Grande Cisma do Ocidente, no qual lideraram três papas ao mesmo tempo: além de Gregório XII, o papa de Roma; Bento XIII, o papa de Avignon, e o chamado "antipapa" João XXIII.
Com o concílio de Constança, o imperador Sigismundo obrigou os três pontífices a renunciar, mas só Gregório XII obedeceu e, depois dele, foi eleito Martinho V. 
Em um trabalho, ao qual a Agência Efe teve acesso, o professor de História da Igreja e cônego da catedral de Barcelona (Espanha) Josep María Martí Bonet contabiliza e explica as renúncias papais, entre as que foram livres e as que foram violentas, algumas terminaram inclusive com o assassinato do papa.
O cônego sustenta que "na época antiga, se não considerarmos os muitos papas mártires, encontramos seis possíveis renúncias".
São as de Ponciano (anos 230-235), que morreu no exílio e renunciou pelo bem da Igreja; Eusébio (ano 309); João I (523-526); Silvério (535-537), acusado de alta traição por Belisário; João III (561-574), e Martinho I (649-655), que renunciou para facilitar a eleição de um papa que não fosse problemática e morreu exilado na Crimeia.
Segundo o trabalho histórico inédito, elaborado após a renúncia da anunciada na segunda-feira por Bento XVI, na época medieval foram obrigados a renunciar Constantino II (767); João VIII, ao qual tentaram envenenar; Estevão VI (896-897), que foi linchado e posteriormente estrangulado na prisão; e Leão V (903), que foi assassinado pela família romana dos tusculanos, os mesmos que mataram Cristóvão (o antipapa) no ano de 903.


O papa João X (914-928) foi envenenado e assassinado pela matriarca romana Marózia, que também matou Estevão VII (929-931).

O filho de Marózia, Alberico, assassinou sua mãe e também o papa João XI (931-935).


O papa Bento V (964) foi obrigado a exilar-se em Hamburgo; Bento VI (973-974) foi assassinado no castelo de Santo Angelo de Roma, e Bonifácio VII (984) também teve que se exilar e foi assassinado.

João XIV (983-984) morreu de fome no castelo de Santo Angelo; Bento IX (1033-1045) foi acusado de comprar o pontificado, e Gregório VI (1045-1046) foi deposto e exilado.
Bento X (1058-1059) renunciou por próprio convencimento e se transformou em um simples cardeal; João XXI (1276-1277) morreu em um acidente em Viterbo, e Celestino V (1294) renunciou.


 O último papa que renunciou foi Gregório XII (1406 a 1415), que viveu o chamado Grande Cisma do Ocidente, no qual lideraram três papas ao mesmo tempo: além de Gregório XII, o papa de Roma; Bento XIII, o papa de Avignon, e o chamado "antipapa" João XXIII.
Com o concílio de Constança, o imperador Sigismundo obrigou os três pontífices a renunciar, mas só Gregório XII obedeceu e, depois dele, foi eleito Martinho V. 

 Os especialistas em assuntos do Vaticano afirmam que o Papa Bento XVI decidiu renunciar em  28 de fevereiro de 2013, depois de regressar de sua viagem ao México e a Cuba. Naquele momento, o papa, que encarna o que o diretor da École Pratique des Hautes Études de Paris (Sorbonne), Philippe Portier, chama “uma continuidade pesada” de seu predecessor, João Paulo II, descobriu em um informe elaborado por um grupo de cardeais os abismos nada espirituais nos quais a igreja havia caído: corrupção, finanças obscuras, guerras fratricidas pelo poder, roubo massivo de documentos secretos, luta entre facções, lavagem de dinheiro. O Vaticano era um ninho de hienas enlouquecidas, um pugilato sem limites nem moral alguma onde a cúria faminta de poder fomentava delações, traições, artimanhas e operações de inteligência para manter suas prerrogativas e privilégios a frente das instituições religiosas. 

Sob o mandato de Bento XVI o Vaticano foi um dos Estados mais obscuros do planeta. Joseph Ratzinger teve o mérito de expor o imenso buraco negro dos padres pedófilos, mas não o de modernizar a igreja ou as práticas vaticanas. Bento XVI foi, como assinala Philippe Portier, um continuador da obra de João Paulo II: “desde 1981 seguiu o reino de seu predecessor acompanhando vários textos importantes que redigiu: a condenação das teologias da libertação dos anos 1984-1986; o Evangelium vitae de 1995 a propósito da doutrina da igreja sobre os temas da vida; o Splendor veritas, um texto fundamental redigido a quatro mãos com Wojtyla”. Esses dois textos citados pelo especialista francês são um compêndio prático da visão reacionária da igreja sobre as questões políticas, sociais e científicas do mundo moderno. 
Papa Bento IX (01 de agosto de 1032 a 17 de julho de 1048): foi um dos papas mais jovens da história, chegou ao Trono de São Pedro com apenas 20 anos.
 Seu pontificado foi uma sucessão de altos e baixos. Pela pouca idade, não sabia absolutamente nada das atividades do papado. Eleito em 1032, caiu em 1044 por pressão das classes dominantes. Recuperou o trono em 1045 mas abdicou meses depois. Voltou ao trono em 1047 e foi deposto, definitivamente, em 1048. Morreria em 1085 sob condições desconhecidas.


O QUE VEM A SER  UM "ANTIPAPA"?

Um Antipapa é uma pessoa que reclama o título de Papa, em oposição a um Papa legitimamente eleito, ou durante algum período no qual o título estava vago. Antipapa não é necessariamente sinal de doutrina contrária à FÉ ensinada pela Igreja. No passado, antipapas eram geralmente apoiados por uma facção significativa de cardeais e reinos.
Nos dois mil anos de história da Igreja Católica, houve mais de 40 antipapas. Um antipapa é um bispo que diz ser o papa, mas que não foi canonicamente eleito como Bispo de Roma (Supremo Pontífice). Aqui está uma lista dos 42 antipapas com os quais a Igreja teve de lidar antes do Vaticano II:


.- Santo Hipólito (reconciliado posteriormente com o Papa São Ponciano;
 morreu como um mártir da Igreja), 217-235.
 -Novaciano, 251-258.
. -Félix II (confundido com um mártir do mesmo nome e 
considerado como um papa autêntico até recentemente), 355-365.
 -Ursino, 366-367.
. -Eulálio, 418-419.
.-Lourenço, 498-499, 501-506.
.- Dióscoro (legítimo talvez em oposição a Bonifácio II 
  mas morreu 22 dias após a sua eleição), 530.
 -Teodóro (II) (oposto ao antipapa Pascal), 687.
. -Pascoal (I) (oposto ao antipapa Teodóro), 687.
. -Teofilacto, 757.
-. Constantino II, 767-768.
-. Felipe (substituiu o antipapa Constantino II brevemente;
  reinou por um dia e depois retornou ao seu mosteiro), 768.
-.João VIII, 844.
-Anastácio III Bibliotecário, 855.
-. Cristóvão, 903-904.
-. Bonifácio VII, 974, 984-985.
-. João Filagatto (João XVI), 997-998.
-Gregório VI, 1012.
-. Silvestre III, 1045.
- João Mincius (Bento X), 1058-1059.

-. Pietro Cadalus (Honório II), 1061-1064.
-. Gilberto de Ravena (Clemente III), 1080 & 1084-1100.
-. Teodoro, 1100-1101.
- Adalberto, 1101.
-. Maginulfo (Silvestre IV), 1105-1111.
- Maurício Burdino (Gregório VIII), 1118-1121.
- Teobaldo Boccapecci (Celestino II) (legítimo mas
 submeteu-se ao seu rival Honório II, e depois 
 foi considerado antipapa), 1124.
-. Pietro Pierleoni (Anacleto II), 1130-1138.
-. Gregório Conti (Vítor IV), 1138.

- Octaviano de Montecelio (Vítor IV), 1159-1164.
-. Guido de Crema (Pascoal III), 1164-1168.
- Giovanni de Stuma (Calixto III), 1168-1178.
-. Lanço de Sessa (Inocêncio III), 1179-1180.
-. Pietro Rainalduccio (Nicolau V), 
    antipapa em Roma, 1328-1330.
- Roberto de Genebra (Clemente VII), 
  antipapa da linha de Avinhão, 
  20 Setembro 1378 / 16 Setembro 1394.
-Pedro de Luna (Bento XIII), antipapa
  da linha de Avinhão, 1394-1423.
-. Pietro Filargi de Cândia (Alexandre V), 
  antipapa da linha de Pisa, 1409-1410.
-. Baldassare (Baltazar) Cossa (João XXIII), 
   antipapa da linha de Pisa, 1410-1415.
-. Gil Sanches Munhoz (Clemente VIII), 
   antipapa da linha de Avinhão, 1423-1429.
-. Bernardo Garnier (o primeiro Bento XIV),
   antipapa da linha de Avinhão, 1424-c.1429           
-. Jean Carrier (o segundo Bento XIV),
   antipapa da linha de Avinhão, 1430-1437.
- Duque Amadeus VIII de Saboia (Félix V), 

 5 de Novembro 1439 – 7 de Abril 1449 

Um dos casos mais notórios na história da Igreja foi o do antipapa Anacleto II, que reinou em Roma desde 1130 a 1138. Anacleto foi implantado numa eleição não-canônica depois de Inocêncio II, o verdadeiro Papa, já ter sido eleito. Apesar da sua eleição inválida e não-canônica, o antipapa Anacleto II obteve o controlo de Roma e o apoio da maior parte do colégio de cardeais. Anacleto teve o apoio de quase toda a população de Roma, até que o verdadeiro Papa recuperasse o controlo da cidade em 1138 .


Fontes......
-Lello Universal
-Curiosidades
-Delta-Larousse
-Wikopédia,Enciclopédia Livre
-http://www.igrejacatolica.pt/lista-dos-antipapas/#.Vlf3WuNmm4u
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