domingo, 14 de fevereiro de 2016

DOR DE CESCIMENTO

A queixa de dor nas pernas é comum na infância, especialmente em crianças com idade entre cinco e dez anos. Acomete cerca de 25% das crianças, não havendo distinção entre meninos e meninas. A incidência tem proporções parecidas: cerca de 12,5% para cada.

Apesar de não haver relação bem definida entre a dor e o crescimento, o termo "dor de crescimento" é utilizado pela maioria dos pediatras.
A dor é geralmente muscular e localiza-se nas coxas, pernas (panturrilhas), e pés. Pode ser fraca ou muito forte, mas não impede que a criança ande ou corra assim que a dor passe.
Algumas crianças não conseguem localizar a dor, ou então relatam um caráter "itinerante", ou seja, cada dia em um lugar diferente. As mãos e os braços são raramente atingidos.

Características: 


Não interfere nas atividades diárias
Duração variável: poucos minutos a algumas horas
Melhora espontaneamente sem medicamentos ou então com massagem no local
• Intermitente, com períodos de melhora que variam de dias a semanas 

Não é acompanhada de inchaço articular ou febre.

O horário mais freqüente da dor é no final da tarde, depois das atividades físicas; entretanto algumas crianças podem acordar subitamente durante a noite, aos prantos. A dor é alucinante.
A dor matutina não é comum, e deve chamar a atenção dos pais.
Podem ser observados outros sintomas concomitantes, como dor de cabeça e dor de barriga.

Ainda sem causa conhecida, não existe consenso entre os pesquisadores nem sobre o termo "Dores do crescimento", que dá a ideia de que o crescimento em peso ou em altura pode gerar dor. Na verdade, não se verificou qualquer relação desse quadro com o ganho de estatura , que ocorre de maneira muito lenta para provocar dor. Já se tentou modificar o nome dessa doença para "Dores nos Membros" mas a expressão anterior já estava de tal modo consagrada e já era compreendida pelas pessoas que não se conseguiu modificar sua denominação.
Existe uma série de hipóteses que tentam explicar a origem dessas dores. É muito comum encontrarmos distúrbios emocionais ou simplesmente uma situação de crise própria da idade ( nascimento de um irmão, ingresso na escola, mãe que começa a trabalhar). Também se viu que essas crianças são, em geral, filhas de pais que também tiveram quadros semelhantes durante a infância e nas próprias crianças são encontradas outras situações de dor crônica como dor de cabeça ou dor abdominal, ou seja, parece haver uma combinação de fatores emocionais associados a uma " tendência" a dor crônica.
Os pais devem ficar atentos.Isso não uma brincadeira, algo que não se deva dar a  atenção devida!
Não é necessário tratamento específico para a dor de crescimento, uma vez que ela diminui espontaneamente ao longo do tempo. Algumas crianças podem beneficiar-se de esportes de baixo impacto, como por exemplo a natação.
Nos casos de dor forte, podem ser utilizados analgésicos por via oral, sempre com supervisão médica.
Uma  coisa que tem sempre que ser observada:  a criança com dor de crescimento tem sempre um aspecto saudável !
Algumas doenças pouco freqüentes podem manifestar-se na forma de dor músculo-esquelética.
No entanto, caso ocorram esses sintomas abaixo, os pais devem consultar o pediatra :
Dor persistente e localizada em um único ponto, 

Dor nas costas (mesmo em crianças que usem mochilas), 

Dor que dificulta as atividades cotidianas, como caminhar, praticar esportes, subir escadas ou brincar,

Presença de inchaço articular, indisposição ou febre, 

Presença de claudicação, ou seja, mancar ao andar.

Não existe receita milagrosa para curar as dores do crescimento. Ela vem e vai embora quando o organismo infantil conseguir expulsá-la. Mas massagens simples, alongamentos e compressas no local da dor podem ajudar.

Na hora da crise, o carinho dos pais acalma, e pode ser um remédio muito eficaz.
É patologia benigna e auto-limitada, que não trará consequências e limitações e que não terá impacto no crescimento da criança. Durante as crises,deve-se manter a conduta de usar analgésicos, massagens e calor. Não há indicação para limitar a criança em qualquer aspecto: alimentação e atividades físicas estão liberadas e devem, inclusive, ser estimuladas. D existir a preocupação de não rotular a criança como " uma criança doente" e que a família passe a administrar as crises dentro de uma atmosfera de tranqüilidade para a criança. Em certas situações é necessária uma abordagem mais enfocada nos aspectos emocionais da criança, trazendo para o tratamento auxílio de um psicoterapeuta.
A Dor do Crescimento  tende a desaparecer com o passar do tempo e não traz qualquer tipo de sequela, não predispondo o paciente a outras doenças reumáticas no futuro. 
Segundo o médico pediatra Dr. Casarotto,  a dor de crescimento é caracterizada por dores nas pernas, sem localização precisa e sem qualquer outro sintoma associado, que recebeu esse nome por se manifestar especialmente entre os 3 e 12 anos de idade.  De acordo com o médico pediatra, cooperado da Unimed Cuiabá, Claudio Poletto Casarotto, a doracomete cerca de 25% das crianças e quase sempre está relacionada a um aumento da prática de atividade física como fazer natação, andar de bicicleta e jogar futebol. “Talvez estas queixas sejam similares as que nós, adultos, tenhamos após exagerarmos em alguma atividade física”, explica o médico .

Claudio Casarotto esclarece que durante o dia a criança brinca normalmente, corre, joga bola e durante a noite aparece uma dor inexplicável e repetitiva, que a criança não consegue nem mesmo atribuir localização exata e, no outro dia acorda sem dor. São essas características chamadas de dor do crescimento. Segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica (Sbop), as causas do problema não são totalmente conhecidas e a atividade mais intensa pode relaciona-se com a dor.
“Há relatos de que a criança vai dormir bem e acorda chorando com dor, solicitando a presença dos pais que usam analgésicos ou massagens, o que acaba por aliviar a dor. A criança volta a dormir e acorda bem no dia seguinte, retomando suas atividades normais”, afirma Casarotto.


O médico pediatra explica que a dor pode ser provocada ao final do dia, depois de a criança ter corrido, pulado e praticado esportes. “Nesses casos, recomenda-se diminuição das atividades esportivas para diminuir a incidência de queixas”, informa.


Casarotto explica que ouvir as queixas e examinar adequadamente a criança, excluindo a existência de outros agravos é o suficiente. “A realização de exames pode confundir mais do que ajudar, inclusive induzindo a diagnósticos errôneos como por exemplo, febre reumática. Portanto, uma anamnese bem conduzida e um exame físico correto são suficientes”, salienta.
Durante as crises, deve-se basicamente, utilizar algum analgésico se a queixa é intensa, fazer compressas ou massagens suaves.  Essas medidas aliviam as dores. Vale lembrar que a dor de crescimento não é uma doença, e sim uma condição que acomete as crianças e não traz qualquer consequência ou impacto para o crescimento da criança e não há um tratamento específico. “Estas queixas podem permanecer por um certo tempo e desaparecer espontaneamente sem sequelas e limitações”, frisa o médico pediatra. 

Nota: Meu neto tem seis anos de idade e desde os quatro anos sofre com a Dor do Crescimento!  As massagens e algumas gotas de analgésico aliviam o problema que aparece com intervalo de três a quatro meses! Geralmente isso acontece à noite e na manhã seguinte, nada está sentindo! Ele sofre com isso e nós também, ao vê-lo chorar de dor!

Fontes....
-http://www.odocumento.com.br/noticias/saude-e-lazer/dor-de-crescimento-existe-e-pode-ser-atenuada,9376
-http://www.pediatriaemfoco.com.br/posts.php?cod=156&cat=9
-https://www.abcdasaude.com.br/reumatologia/dores-do-crescimento
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