sábado, 14 de novembro de 2015

O CONTINENTE PERDIDO DA ATLÂNTIDA

Conta-nos Platão, através de Crítias, da existência de uma nova terra que ficaria para muito além das Colunas de Hércules. Essa terra já existia há 9.000 anos antes da Era Socrática e tinha sido muito extensa e povoada, considerada por muitos como um continente. Não só Platão mas de igual forma, outros tantos historiadores falaram sobre a existência real dessa terra misteriosa.Teria existido há muitos milênios, em frente às Colunas de Hércules, É de Platão o primeiro texto em que se relata a existência da Atlântida. Nos diálogos de Timeu e Crítias, o filósofo ateniense põe na  na boca de Crítias a narrativa.
" Atlântida, continente que alguns julgam fabuloso, e que os Antigos mencionam como tendo existido outrora no Atlântico, a oeste de Gibraltar. Platão fala dele no Crítias e no Timeu.
Segundo os geólogos contemporâneos,a Atlântida seria a recordação de um continente, em parte desaparecido, de que restam ainda vestígios representados pelos arquipélagos dos Açores, da Madeira e das  Canárias e que abrangia também a parte norte da África ( região do Atlas) até ao deserto do Saara, então recoberto pelas águas do mar.( Lello Universal)"
Diz-se que era uma ilha gigantesca. Havia, na Atlântida, reis que tinham constituído uma poderosa nação que dominava outras ilhas, muitas partes do continente e até, para o outro lado da Grécia, a Líbia até o Egito e a Europa até o Tirrénida ( narrativa de Timeu). Fala Crítias das riquezas e recursos naturais que diz extraordinários na Atlântida. Havia grandes florestas, animais domésticos e selvagens. Os seus habitantes construíram templos,palácios, torres, portos, canais, navios e pontes. O comprimento de um fosso artificial que circundava a planície em que se erguia a capital, era de 10 mil estádios ( cerca de 1.800 km).
A  Atlântida vem  preocupando a Ciência. Havia em Paris uma sociedade de Estudos Atlantidianos. Grande número de eminentes individualidades científicas não consideram a narrativa de Platão mais do que um mito ou alegoria filosófico-política, sem qualquer vislumbre de realidade.

Uma das razões que leva a Ciência a desacreditar na história da Atlândida,é que,9.000 anos antes de Sólon,o  Ocidente vivia quando muito na Idade da Pedra Polida. O que é ainda  mais significativo é o fato, estabelecido criteriosamente por Conissin, de que todos os textos antigos afirmaram a existência da Atlântida  tem como única fonte helênica da tradição o texto de Platão, sendo ainda para ponderar que não só a Antiguidade se absteve de dar representações plásticas dessa história, como apesar de os padres saítas e Crantor falarem de monumentos egípcios relativos ao assunto, ninguém mais viu estes monumentos nem  deles apareceu modernamente qualquer vestígio.
Não está cientificamente aceita a existência da Atlântida.Ela tem sido localizada em todas as partes do mundo:na África Menor, na Europa Ocidental, no Mediterrâneo, na Tunísia, no Saara, no Golfo da Guiné, na Pérsia e na América.
Há quem suponha mesmo não se ter dado a sua submersão total. É o que pensam aqueles que identificaram a Atlântida _ aliás forçadamente _ com as civilizações pré-colombianas do México ou do Peru ou ( como Schulten, Heenig e Jessen) com o império de Tartessos, na foz do Guadalquivir.
Em Portugal, o geólogo Pereira de Souza supôs ser o terremoto de 1755 um dos últimos arrancos da Atlântida submersa".
A noticia mais sensacional veio rápida de Husuli: " Encontrei a Atlântida " _declarou ao mundo o pastor Spannuth, de regresso de sua expedição à misteriosa ilha de Heligoland. Disse ele: "  Não tive senão que medir na carta marítima a distância de cinco milhas, de Heligoland em direção ao continente,para encontrar o reino lendário. A Atlântida não era um continente, mas uma ilha que os habitantes da Frísia chamavam de Utland. Exatamente no ponto fixado pela carta, um escafandrista de minha expedição descobria, no dia 31 de julho do corrente ano ( 1953), no fundo do mar, uma muralha cujas dimensões correspondem, de maneira muito precisa, às informações dadas por Platão e pelas inscrições egípcias.
 Fragmentos dos muros da antiga fortaleza real e de um templo emergem ainda da areia." Acrescentou, ainda, Spannuth: " A muralha teria 900 metros de cumprimento e 30 de largura. O conjunto das ruínas ocuparia uma superfície de 27 hectares."
O famoso geólogo Rudbeck pretende que a Atlântida seja a Escandinávia. "Latreille diz que é a atual Pérsia. De Naer quer que sejam as doze tribos judaicas. Bailly coloca a Atlântida na Mongólia. Mas,a opinião geral é que a Atlântida seja uma parte da América,como disse Oviedo, apoiado depois por Buffon. Era uma ilha fabulosa que desapareceu no espaço de um dia e uma noite."
O nome Atlântida, segundo alguns, é originário dos descendentes de Atlas, filho de Zeus ou Júpiter.
Dr.Lewis Spence, destacado homem de Ciências, supõe que o desaparecimento da Atlântida aconteceu a 4.000 anos antes da data anunciada por Platão. Esse geólogo acredita que os blocos de lava extraídas do fundo do mar, nas proximidades dos Açores,eram anteriores a 9.000 anos antes de Cristo.
Sobre a Atlântida, diz o Dr. René Malaise: " Constatei a semelhança  a semelhança entre insetos sul-americanos e africanos, tirando deste fato a conclusão de que a antiga lenda sobre a Atlântida submersa no mar é alguma coisa mais do que uma lenda e que os dois continentes estiveram já unidos por uma larga faixa de terra."
A teoria do sábio alemão Wegener,explica, à luz da Ciência Moderna,as semelhanças étnicas e etmológicas encontradas entre povos e insetos separados por milhares de quilômetros. A América, para ele,esteve ligada à África na Era Paleozóica.
Movimentam-se os homens de ciência à procura da Atlântida. Para alguns geólogos, Atlântida não passa de uma lenda. Nos Estados Unidos, vários cientistas vem se preocupando em desvendar certos fatos que a História não pode documentar.

 A possível existência de Atlântida foi discutida ativamente por toda a Antiguidade Clássica mas é normalmente rejeitada e ocasionalmente  parodiada  por autores atuais. Alan Cameron afirma que "só nos tempos modernos é que as pessoas começaram a levar a sério a história da Atlântida; ninguém o fez na Antiguidade".
 Embora pouco conhecida durante a Idade Média , a história da Atlântida foi redescoberta pelos humanistas na Idade Moderna. A descrição de Platão inspirou trabalhos utópicos de vários escritores da Renascença, como Francis Bacon em "Nova Atlântida". Atlântida ainda inspira a literatura - da ficção científica a gibis - e o cinema. O seu nome tornou-se uma referência para todas e quaisquer suposições sobre avançadas civilizações pré-históricas perdidas.

Fonte:    Curiosidades...an0 1964
                 volume  um
                Wikipédia
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