domingo, 5 de janeiro de 2014

PASSEIO DE FÉRIAS

É muito comum, nessa época do ano, mês de Janeiro, férias, verão, muito sol e calor, as pessoas desejarem viajar em busca de tranquilidade e lazer. É justo, muito justo!
Por isso mesmo é que muitas regiões brasileiras ficam  repletas de turistas, ansiosos para conhecer lugares, pessoas diferentes, novas amizades, fazer compras e aprender mais um pouquinho sobre as belezas desse nosso Brasil.
 Vamos conhecer também?

                  AS JANGADAS

Você, sem dúvida, conhece uma jangada, ainda que seja por fotografia. É uma embarcação de madeira, bastante frágil, tocada a vela.
Entre utras definições é uma grande embarcação de madeira utilizada por pescadores artesanais da Região Nordeste do Brasil.


Todos os elementos da jangada tradicional são feitos artesanalmente, desde o mastro à vela, das cordas ao banco de navegação, redes de pesca, anzóis, âncora e samburás, que são grandes cestos onde são guardados os peixes e objetos de uso pessoal de cada jangadeiro.
Sua tripulação, na jangada tradicional, o modelo mais comum conhecido desde o início do século XX, varia de três até cinco pessoas, não mais do que isso. Esse pescadores trabalham num espaço aproximado de 5 a 7 metros, algumas podendo chegar até 8 metros  por , 1,4 a 1,7 metros na menos extensão.

.
As jangadas fazem parte da paisagem do litoral nordestino.Porém, elas não são só bonitas: elas são o instrumento de trabalho dos jangadeiros, que saem de madrugada para o mar, com seus largos chapéus e suas roupas simples, de algodão grosso. Eles pescam para garantir o sustento  da família.
São homens que conhecem os segredos do mar e que nele vivem a maior parte de de sua vida.
O trabalho desses jangadeiros é duro e muito difícil. A pesca é guiada pela experiência, pois eles possuem poucos recursos. Pescam com linha e anzol ou com tarrafas, que é um tipo de rede. O mar é a sua única fonte de alimentação e de renda.


O jangadeiro leva uma vida simples. Mora em casa de taipa ou de alvenaria, come peixe e frutos do mar e quase sempre vive e grupo. 
Os pescadores tradicionais sempre obedeceram a regras bem conhecidas de uso das marés, dos regimes de ventos, das correntes, da sazonalidade da pesca. Em função disso, suas incursões no mar variam bastante quanto ao tempo de permanência, ao trajeto navegado, e ao tipo de pesca que conseguem. Um período de permanência comum era de três dias a uma semana (algumas vezes mais, como relatam os antigos pescadores) no mar alto, a até 120 quilômetros da costa. Essa duração é cada vez mais rara, e os jangadeiros dificilmente ultrapassam os três dias, na atualidade, com incursões de até 50 quilômetros distanciados da costa. Da mesma forma, as incursões de grupos de jangadas também são cada vez mais raras, sendo mais frequente a pesca de uma turma isolada, numa única jangada.


Ainda assim, em vários pontos do litoral cearense há corridas de jangadas, sendo muito famosa a que ocorre anualmente na região do porto do Mucuripe (na capital do Estado do Ceará,Fortaleza). Dezenas de jangadas participam dessas competições populares, num espetáculo sem paralelo no extenso litoral brasileiro.
O jangadeiro tem seus santos, respeita-os, e presta-lhes a sua homenagem, como no dia de São Pedro, por exemplo, 29 de junho,  no dia de Santa Luzia e do Bom Jesus dos Navegantes.
O jangadeiro é profundante ligado à sua vida, aos seus costumes e nos companheiros.


O conhecimento da construção dessa família de embarcações artesanais está em extinção: embora ainda haja colônias de pescadores remanescentes das primeiras comunidades que ocuparam o litoral brasileiro (sobretudo no litoral do Estado do Ceará e do Rio Grande do Norte), praticamente não se constrói mais a jangada tradicional, com troncos de madeira de flutuação, as jangadas de troncos. As atuais jangadas são feitas em pranchas de madeira industrializada ou utilizando instrumentos de corte mecanizado - as jangadas de tábuas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário