quarta-feira, 6 de novembro de 2013

CURIOSIDADES MARINHAS

                                   



                                             
                                         HIPOCAMPO


                 Você nunca viu, ao passear pela  praia, entre os detritos que o mar lança para fora, entre os restos de vegetação, pequenos siris e estrelas do mar,um pequeno e barrigudinho Hipocampo, atirado pela maré e dissecado pelo sol? Essas estranhas criaturas, de focinho comprido e pontudo, que se assemelhava, embora de longe, ao cavalo, com a cabeça coroada de rígida crina e longa cauda flexível, são a cópia em miniatura dos fabulosos cavalos de rabo de peixe que puxavam o coche de Netuno ou Posseidon, o Deus do Mar, nas mitologias grega e romana. Menos vistosos, talvez, mas também estranhos e, sobretudo, mais reais.
                           Quem se dedicasse a observar a fauna dos abismos do mar, ao longo das costas do Mar Adriático ou do Mar Jônio, avistaria, a intervalos, nas areias ou nas algas, pequenos grupos de Hipocampos, nadando verticalmente, um após outro. Ou, então, os veria imóveis, ancorados com a cauda retorcida e presa a haste azulada de uma alga, com as pequenas barbatanas peitorais agitadas por eves movimentos, com a grande barbatana dorsal toda aberta, para perceber qualquer significativo movimento da água.
                     


                                Eles chegam ater até 15 cm de comprimento e possuem o corpo protegido por uma sutil e maleável couraça, feita de escudinhos ósseos, articulados entre si. O macho difere da fêmea por um bolsinho que traz no abdome, semelhante à bolsa do canguru que, no tempo de chocar, contém os ovos postos pela fêmea. É um dos primeiros exemplos de carinho para com os filhotes que a natureza oferece, exemplo que nos demonstra a superioridade do cavalo marinho sobre os teleósteos, subespécie de peixes de esqueleto ósseo,seus congêneres, que, ao invés dos hipocampos, abandonam seus filhotes.
                       Os tipos mais comuns são s dois que os naturalistas chamam de " Hippocampus brevirostris" e "Hippocampus guttulatus", ambos muito pequenos, de cor cinzento-azulado, ótimos nadadores, embora nunca se aventurem em mar alto.Se você tiver oportunidade de se aproximar de um grupo de pescadores que empregam a " rede de arrasto", procurem, entre as malhas desta, os pequenos Hipocampos, ainda palpitantes de vida subaquática. E, tentem observar a longa boca tubular, mas contendo as violentas chicotadas que desferem com a cauda, imagine que esses estranhos peixinhos são  seres legendários, que emergiram à superfície, vindos do profundo e silencioso país dos tritões e das  sereias.              
                                            

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