quinta-feira, 23 de outubro de 2014

FATOS MARCANTES DE 1901

                             ATENTADOS  EM  SÉRIE


Em termos de ameaça aos seus chefes de Estado, os Estados Unidos não precisariam de inimigos externos. O atentado que resultou na morte de McKinley não foi a primeira nem a última vez que americanos investiram contra seus presidentes.

 Em 1865, a violenta tradição fez a sua primeira vítima fatal, o presidente Abraão Lincoln, assassinado por um ator dentro de um teatro.

 Além de James Garfield, morto em 1881, o mesmo fim aguardava John Kennedy, abatido a tiros de fuzil em Dallas, em 1963. A tragédia repetiu-se cinco anos depois com seu irmão Robert Kennedy, quando era forte candidato à presidência. Melhor sorte tiveram Andrew Jackson, Theodore e Franklin Roosevelt, Harry Truman, Gerald Ford e Ronald Regan, todos sobreviventes de atentados.

Os dois tiros que mataram o presidente americano William McKinley, em setembro de 1901, tinham como provável alvo um modelo de sociedade baseado cada vez mais na concentração de capital privado.
Apoiando a formação de grandes corporações monopolistas ( os trustes), o republicano McKinley havia tirado os Estados Unidos de um longo período de depressão econômica. o assassino, um operário anarquista, desempregado do setor de siderurgia, encarnava a insatisfação da parcela dos americanos que não acreditava no capital financeiro do norte como locomotiva da prosperidade nacional. Seu nome era Leon Czolgosz tinha 28 anos e atingiu McKinley à queima roupa numa exposição em Buffalo, Estado de Nova York.

O governo de McKinley representou a  afirmação definitiva das forças da industrialização sobre a América rural. O presidente assassinado estava em seu segundo mandato _ derrotara dias vezes o democrata populista William Bryan _ e contava com o apoio dos expoentes do capitalismo, entre eles Mark Hanna, o magnata do aço de Cleveland, que levou os donos do poder econômico a fazer política. A feição dos EUA do século XX começara a se delinear no governo McKinley.
A prosperidade econômica acabou deflagrando a política imperialista dos EUA. Ela também teve início com McKinley, especialmente com a guerra hispano-americana em 1898, quando um conjunto de colônias espanholas _ entre elas Cuba e Porto Rico _foi arrebatado sem maior  dificuldade.
Na verdade, McKinley era contra a guerra, mas como bom estadista soube atender às pressões internas, que vinham de políticos ambiciosos, como aquele que viria a ser seu vice-presidente( no mandato seguinte) e sucessor: Theodore Roosevelt. 


Por sua vez, o expansionismo defendido e posteriormente praticado por Roosevelt refletia o apetite econômico dos baluartes da prosperidade americana. Na prática, a corporação gigante Standarr Oil já constituia um império empresarial crescente na Europa e na Ásia, enquanto a United States Steel Corporation era fundada com o capital sem precedentes de US$ 1 bilhão.
Os EUA tinham as maiores fortunas pessoais do mundo ( Rockfeller, Carnegie, Morgan) e tinham William Randolph Hearst, o magnata das comunicações após a explosão do navio de guerra americano " Maine" no porto de Havana _ jamais esclarecida_ Hearst iniciou uma campanha que praticamente empurrou McKinley para a guerra.
O presidente que deu os primeiros contornos de potência mundial aos EUA morreu no dia 14 de setembro de 1901, oito dias após o atentado. Seu assassino foi executado na cadeira elétrica.
William McKinley foi o 25* presidente dos Estados Unidos da América.





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                            AMERICANOS  NO  ACRE

O território do Acre foi arrendado pelo Governo da Bolívia a um grupo empresarial dos Estados Unidos, diretamente ligado ao Governo  americano.A operação despertou temores de invasão territorial por parte dos vizinhos do Norte. Dois anos depois, com a assinatura do tratado de Petrópolis, o Acre seria incorporado ao território brasileiro.
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                        NOVIDADE: ELÉTRONS
Observando o comportamento de átomos de urânio, o físico francês Henri Becquerel demonstrou a emissão de raios provenientes de partículas menores que o próprio átomo, passo decisivo para a confirmação da existência dos elétrons.

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         O TRIBUTO MÁXIMO À CIÊNCIA E À PAZ

A criação do prêmio Nobel é a história de um desafio pessoal.Certa vez o industrial sueco Alfred Nobel abriu o jornal e viu a noticia de seu próprio falecimento. O texto referia-se a ele como o " mercador da morte", em alusão ao fato de ter sido o inventor da dinamite.
 A partir desse dia, passou a cultivar a obsessão de deixai um legado de paz.
Quando morreu de fato, em 1896, Nobel surpreendeu a todos com seu testamento. Ele destinava 94% de sua fortuna à instituição de um prêmio anual para as principais realizações da humanidade nas áreas de  física, química, medicina,literatura e promoção da paz ( a de economia seria acrescentada em 1969). Os primeiros prêmios foram concedidos em 10 de dezembro de 1901, no quinto aniversário  da morte de Nobel.
Em todas as categorias, o prêmio Nobel firmou-se como a mais alta forma de reconhecimento. Mas nenhuma delas alcançou a notoriedade de Nobel da Paz _ não por acaso, a obsessão do seu criador. A premiação desafiou ditaduras, como no caso de Adolfo Péres Esquivel, em 1980, defensor dos direitos humanos sob o regime militar argentino; ou do Dalai Lama (1989), por sua resist~encia à dominação do Tibete pela China.
Alguns dos ganhadores do Nobel da Paz mudaram a história do século XX, como o ex-presidente soviético Mikhail Gorbatchov ( 1990), que negociou o fim da Guerra Fria. e os sul-africanos Frederik de Klerk e Nelson Mandela( 1993), que pactuaram o fim do apartheid.
O prêmio Nobel também cometeu suas injustiças. A mais famosa delas atingiu Albert Einstein e sua Teoria da Relatividade, ignorada pelo prêmio.As mais célebres omissões, no entanto, ocorreram na categoria literatura. Entre os esquecidos do Nobel estão James Joyce, Bertolt Brecht, Tchecov, Leon Tolstói, Franz Kafka e Marcel Proust, entre outros vultos que passaram pelo século XX.

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